LIÇÃO 01
QUEM É O ESPÍRITO SANTO
Lição Bíblica - Jovens e Adultos - Domingo 03 de abril de 2011
TEXTO ÁUREO
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, par que fique convosco para sempre” (Jo 14.16).
VERDADE PRÁTICA
O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade Santíssima e, à semelhança do Pai e do Filho, é Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 1.2,26 - O Espírito Santo na criação
Terça – Gn 41.38,39 - O Espírito Santo na era patriarcal
Quarta – Jz 3.10; 6.34 - O Espírito Santo no tempo dos juízes
Quinta – Jo 14.16,17 - O Espírito Santo como a promessa do Pai à Igreja
Sexta – Jl 2.28,29 - O Espírito Santo e a promessa no AT de sua efusão
Sábado – At 2.1-4 - O Espírito Santo no Pentecostes
INTRODUÇÃO
No ano do Centenário das Assembléias de Deus no Brasil, pôr-nos-emos a estudar, uma vez mais, os fundamentos da fé pentecostal. Abriremos esta série de estudos, tratando sobre o Espírito Santo – a Terceira Pessoa da Trindade, o divino Consolador. Nesta lição, você conhecerá mais a respeito do Consolador: sua deidade, personalidade, operações e manifestações. Quanto mais conhecermos o Espírito Santo, com temor de Deus e santidade, ais íntimos nos tornaremos dEle, e melhor compreenderemos a obra realizada por Ele.
I - A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
A doutrina do Espírito Santo. A pneumatologia é o estudo da pessoa, obra e ministério do Espírito Santo. O termo vem de pneuma (gr. “ar”, “vento”, “espírito”), cognato do verbo pnéo, “respirar”, “soprar”, “inspirar”.
Há teólogos, frios na fé, modernistas e irreverentes que, menosprezando o Espírito Santo, afiram que Ele é tão somente uma força, ou poder, que emana de Deus. Todavia, o Consolador é a Terceira Pessoa da Trindade. Sim, Ele é uma pessoa em toda a sua plenitude, pios ensina, guia, consola e fala (Jo 14.26; 16.13; At 21.11). Como pessoa, o Espírito Santo chama-se a Si mesmo “Eu” (At 10.19,20).
O Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. O Espírito Santo está presente em toda a Bíblia. Na criação, no planejamento e na construção do universo (Gn 1.2; Sl 104.30). Ele também atuou na formação do homem (Jó 33.4). E agiu por intermédio dos juízes, reis, sacerdotes e profestas (2 Sm 23.2; Mq 3.8).
O Espírito Santo fez-se presente, ainda, no nascimento e na vida terrena de Jesus (Lc 1.35; 4.1). Ele inspirou, capacitou e guiou os autores do Novo Testamento a registrar, fidedignamente, os principais episódios do ministério de Cristo (Lc 1.1-4; Jo 21.25). Sua atuação em Atos dos Apóstolos é tão marcante, que o livro é conhecido também como os “Atos do Espírito Santo”.
O Espírito Santo na atualidade. No dia de pentecostes, o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja (At 2.2), enchendo a todos aqueles crentes e batizando-os, tal como prometera o Senhor (Lc 24.49; At 1.5). após o Pentecostes, os discípulos passaram a pregar e a evangelizar vigorosa e eficazmente, alcançando Israel e as nações gentias sem impedimento algum (At 28.31).
Busquemos o poder do alto; mantenhamos acesa a chama pentecostal.
O autêntico pentecostes leva o crente a evangelizar com poder e dinamismo, a orar e a contribuir para a obra missionária. Precisamos do Espírito atuando poderosamente em nosso meio. Caso contrário, corremos o risco de compactuar com o mundo (Rm 12.2; 1 Jo 2.15). Laodiceia tornou-se intragável, porque havia se tornado espiritualmente morna (Ap 3.15b). Busquemos, pois, o poder do alto, e lancemo-nos à conquista do mundo para Cristo no poder do Espírito Santo (At 1.8).
II - A ASEIDADE DO ESPIRÍTO SANTO
A aseidade e existência do Espírito Santo. A palavra aseidade advém do latim aseitatis e serve para designar o atributo divino, segundo o qual Deus existe por si próprio. Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo é auto existente. Ou seja: não depende de nada fora de sí para existir Ele sempre existiu; é um ser incausado; “não teve princípio de dias, nem fim de existência” (Hb 7.3). De eternidade a eternidade, o Espírito Santo é Deus.
O autor da Epístola aos Hebreus apresenta o Consolador como “o Espírito eterno” (9.14). Ele tem existência própria. Mas isso não significa que esteja separado da trindade. O Pai, O Filho e o próprio Espírito Santo, embora distintos como pessoas, constituem a mesma essência indivisível e eterna da divindade.
Atributos incomunicáveis do Espírito Santo. O Espírito Santo possui todos os atributos divinos. Em primeiro lugar, Ele é imutável. Sua essência e caráter não podem ser alterados. A imutabilidade, por conseguinte, é um atributo que pertence exclusivamente à divindade (Rm 1.23; Hb 1.11).
a) Onipresença. Ele está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Não podemos fugir à sua presença (Sl 139.7). Como é bom saber que podemos contar com a sua companhia em todo o tempo.
b) Onisciência. O Espírito Santo tudo sabe e tudo conhece. Ele nos sonda e nos prova quanto às intenções de nosso coração (1 Co 2.10). ninguém pode mentir àquEle que sabe toda a verdade. Lembra-se de Ananias e Safira? Nada escapa ao conhecimento do Espírito Santo. Sua compreensão é infinita. Ele tudo sabe e nada ignora (Sl 139.2, 11, 13).
c) Onipotência. Ele é Deus. Não há impossíveis para o Espírito Santo. O homem é limitado, mas o Consolador tudo pode fazer. Ele sustenta todas as coisas (Hb 1.3). E o maior milagre que Ele opera no homem é o do novo nascimento (Jo 3.3).
III - A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo tem personalidade. Você sabe o que é personalidade? De acordo com o pastor Antonio Gilberto, “é o conjunto de atributos de várias categorias que caracterizam uma pessoa”. As Escrituras mostram com clareza e simplicidade que o Espírito Santo é uma pessoa. Suas ações evidenciam esta verdade. Ele ensina (Jo 14.26), testifica (Jo 15.26), guia (Rm 8.14) e intercede por nós (Rm 8.26). Ele possuí qualidades intelectivas: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (1 Co 2.10,11). De acordo com Ron Rhodes, a palavra grega para penetrar significa “investigar profundamente”. No versículo 11, a Palavra de deus afirma que o Espírito Santo “sabe” os pensamentos de Deus.
O Espírito Santo tem emoções. “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção” (Ef 4.30). Sim, o Espírito se entristece ante a desobediência consciente, crescente e contínua do homem para com Deus (Is 63.10). E a tristeza é algo que somente uma pessoa pode experimentar. Quando pecamos, entristecemos o divino Consolador que em nós habita. Deixemos de lado, pois, tudo que possa entristece-lo (Ef 4.25-29).
O Espírito Santo tem vontade. “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.11). O texto bíblico mostra a vontade e a soberania do Espírito Santo. Segundo Ron Rhodes, a palavra grega bouletai, traduzida por “querer”, refere-se à decisão proveniente da vontade, após deliberação prévia, caracterizando o exercício volitivo de uma pessoa.
CONCLUSÃO
Precisamos conhecer melhor o Espírito Santo, pela nossa total e continua rendição e comunhão com Ele para entendermos devidamente suas manifestações. Ele não é um mero símbolo ou uma energia celestial. É a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele é Deus. Como Igreja de Cristo, mantenhamos a comunhão com o Espírito Santo, o Espírito de santidade e de vida, a fim de preservar os ensinos e os valores bíblicos que fundamentam a fé pentecostal.