Lição 13

PAULO TESTIFICA DE CRISTO EM ROMA

TEXTO ÁUREO

"E, na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo! Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma" ( At 23.11 ). ­

­VERDADE PRÁTICA

­A principal e a mais urgente missão da Igreja é a evangelização de todos os povos e nações.  

LEITURA DIÁRIA

Segunda – At 9.15 - Chamado para evangelizar os poderosos

Terça – At 24.1.27 - Paulo testifica diante do governador Félix

Quarta – At 25.1-17 - Paulo perante Festo

Quinta – At 25.18 – 26.32 - Paulo testifica ao rei Agripa

Sexta – At 28.11-31 - Prisão domiciliar de Paulo em Roma

Sábado – Rm 15.18-24 - Paulo, apóstolo dos gentios.

INTRODUÇÃO

O apóstolo Paulo não era pri­sioneiro de César ou de Roma; era-o de Cristo (Ef 3.1; Fm 9). Do relato lucano, concluímos: os fatos que o conduziram a Roma não eram incidentais, mas propositais, pois foram dirigidos por Deus (At 23.11). Se era urgente fosse o evangelho anunciado em Jerusalém, a capital religiosa dos judeus, era premente que a palavra da salvação alcançasse Roma, a capital política do Im­pério.

Assim chega o evangelho à capital do Império Romano. O men­sageiro na verdade achava-se preso, mas a mensagem da cruz tinha livre curso em Roma. Ninguém era capaz de detê-Ia. A Palavra de Deus avan­çava sem impedimento algum. 

I - VIAGEM DE PAULO A ROMA (AT 27.1 – 28.10)

Constrangido a apelar para César, o apóstolo Paulo é conduzido agora pelas autoridades romanas à capital do império. O que parecia um simples traslado de preso, haveria de ser registrado pela história como o início da maior expansão do Cristianismo que, conquistando toda a Europa Ocidental, não tardaria a chegar aos pontos mais ignorados do planeta.

De Cesareia a Roma (27.1-44). Em sua viagem, o apóstolo conta com a assistência de Lucas e de um crente macedônio chamado Aristarco (ver 19.29; 20.4; CI 4.10; Fm 24). Como diz o sábio rei de Israel, é na angústia que nasce o irmão (Pv 17.17; 18.24). Além disso, o centurião que lhe cuida da segurança, trata-o com deferência e humanidade. Permite­lhe inclusive que visite a igreja em Sidom. Quando Deus nos envia, até os inimigos fazem-se amigos e os amigos tornam-se irmãos.

Açoitada pela voragem do mar, segue a nau lenta e dificultosamen­te até Mirra, na Lícia. Desta cidade, zarpam em direção da Itália em um navio procedente de Alexandria. Embora prisioneiro, o apóstolo mantém o controle da situação. Mostra uma autoridade moral e espiritual que viria a surpreender a todos naquela nau. Haja vista a advertência que faz ao centurião quanto aos perigos que os aguar­davam em seu trajeto a Roma. O militar, que de início prefere ouvir o piloto a Paulo, ver-se-á mais adiante obrigado a reconhecer a oportuni­dade de seu conselho.

Paulo na ilha de Malta (At 28.1-10). Forçados a desembarcar em Malta, localizada ao sul da Sicília, todos são tratados com singular bondade pelos naturais da terra. Ali, opera o Senhor, por intermédio de Paulo, sinais e maravilhas. Aquele que se mostrara imune à víbora que se achava oculta nos gravetos, cura o pai de Públio, magistrado local, e recupera a saúde a muitos ilhéus. Dessa maneira, semeia Paulo uma igreja que não tardaria a florescer. Apesar das dificuldades que você enfrenta, querido missionário, Deus quer operar o sobrenatural por seu intermédio.

Paulo chega a Roma (Mt 28.11-15). Decorridos três meses, o navio que conduziria Paulo a Roma, zarpa generosamente supri­do pelos malteses. Desembarcam em Siracusa, chegam a Régio e aportam em Putéoli. Aqui, instados pelos irmãos, o apóstolo junta­mente com seus companheiros hospedam-se por sete dias.

Já em Roma, encontra-se com alguns irmãos na praça de Ápio. O Senhor jamais abandona os seus mensageiros, mesmo distantes da pátria querida, faz-nos Ele sentir-­nos em casa. Você passa por algu­ma provação? Parece que o trabalho não avança? Não se deixe abater. A Palavra de Deus jamais voltará va­zia. Você ficará surpreso com o que o Cristo está para realizar através de seu ministério. 

II. O EVANGELHO É PROCLAMADO NA CAPITAL DO IMPÉRIO (AT 28.16-31)

Se o Senhor decretou fosse o evangelho conhecido em toda a Roma, por que manteve encarcerado o seu maior campeão? Neste momento, talvez esteja você apri­sionado a entraves burocráticos dentro e fora de nossas fronteiras. Não se desespere. Ninguém ha­verá de algemar a mensagem da cruz. Não há protocolo capaz de barrar a vontade de Deus.

Prisão domiciliar (28.16). Como não recaía sobre Paulo nenhuma acusação de crime capital, era-lhe permitido morar por sua própria conta. Apesar de vigiado por um soldado, tinha li­berdade de ler, escrever, receber vi­sitas e, naturalmente, evangelizar. Terá aquele militar se convertido a  Cristo? Não tenho dúvidas. Mesmo sem liberdade, o Senhor deixa-nos livres para realizar a sua obra.

Apologia entre os judeus (28.17-22). De sua prisão domici­liar, Paulo convoca os líderes da comunidade judaica para expor-Ihes os eventos que o trouxeram sob al­gemas a Roma. Como apóstolo dos gentios, aproveita ele para anunciar que Jesus era, de fato, o Messias de Israel. Alguns deixam-se persuadir, outros preferem continuar na incre­dulidade. Entre os gentios, contudo, o evangelho põe-se a expandir até mesmo na elite romana. Na exposição da Palavra de Deus, seja um autêntico apologeta. Apresente, com mansidão e firmeza, as razões da esperança cristã.

Progresso do evangelho em Roma (28.23-31). Roma era o centro político, econômico e cultural do mundo. Apesar de sua grandeza e não obstante a sua importância, a cidade fizera-se notória pela lassidão moral e pela degenerescência de seus costumes. Em seus termos, os cultos mais extravagantes e as mais exóticas religiões. E os deuses encontradlços em cada praça e logradouro?

Gente de toda parte misturava-se pelas ruas de Roma. Berço de notáveis oradores, políticos, generais e juristas, era a cidade marcada pela injustiça, ignorância e por uma soberba tola e animalesca. Haja vista as deferências cultuais que recebiam imperadores como Nero e Calígula.

Todavia, ali estava um poder que haveria de sobrepor-se sobre a todos os mais afamados símbolos e potentados romanos: o Evangelho de Cristo Jesus. Haveria este de avançar com muito mais determi­nação do que as mais aguerridas legiões romanas. Avançaria sim e conquistaria nações sem impedi­mento algum. 

CONCLUSÃO

Se Lucas deixa em aberto os Atos dos Apóstolos, por que iríamos nós fechar as portas que o Espírito Santo nos abre todos os dias?  Sim, portas à evangelização nacional e portas as missões transculturais. Aproveitamos, pois, o Centenário das Assembléias de Deus no Brasil, para dar continuidade à evangelização dos povos. Atos 1.8 é uma ordenança que não pode ser esquecida. Se nos dispusermos a ir, todos os impedimentos ser-nos-ão tirados.